26/03/2019

Decisão do TRF4 (segunda instância) confirma - eleição do IFPR foi fraudada

Como já apontado por diversas vezes pelo autor deste blog, desta o início do malfadado processo eleitoral de 2015 no IFPR, não deu em outra: aquele processo, construído e tocado daquela forma (sempre tão característica a picaretagem ifpriana), seria judicializado e, sendo judicializado, seria cancelado. A quantidade de irregularidades, ilegalidades e fraudes, é suficiente para dar a volta nos 25 campus do IFPR. 
Acesse a decisão que, por 4 votos a 1, confirmou o cancelamento das eleições definido na sentença de primeira instância: Ata decisão

Novamente, o grupo IFPRiano petista, representado pelos cabeças Colombo-Westphal, seguindo a prática que é comum em seu partido[1] e no seu grupo político dentro do PT[2] preferiram não ouvir os reclames dos servidores e daqueles que os alertavam... novamente o IFPR e sua comunidade acadêmica teve que pagar o preço. Novamente a imagem da instituição é manchada por causa destas práticas (que é verdade, não se restringem apenas a este grupo, e estão impressas desde o nascimento do IFPR). A picaretagem foi e é a regra aqui.  

Em 2015, ainda no início daquele processo eleitoral, quando se definiam as regras e procedimentos, em uma discussão pública com vários colegas surgiu um texto de meu amigo de viagem Maurício Oberdiek (Alguns problemas do IFPR e do processo eleitoral, por Maurício Oberdiek). Esse texto foi compartilhado com vários servidores e publicado naquele blog que na época tinha um bom número de acessos. A gestão do IFPR fechou os olhos a aquela manifestação e a todas as demais manifestações dos servidores e estudantes. Pior, um de nossos gestores, Reitor Substituto do Substituto, chamou a polícia para receber os estudantes que iam protestar e criticar aquele processo eleitoral picareta. Este gestor e seu grupo político provavelmente aparecerão em breve pedindo voto se apresentando como amantes da democracia (que não nos esqueçamos). Isto é, se tivermos eleições... o que já é outro (grave) problema. 

Relembre a sentença da primeira instância: Eleições para Reitor do IFPR 2015 – Sentença afirma que eleição foi fraudada.

É importante ressaltar aqui duas questões sobre esta vitória judicial. Primeiro que ela é fruto de muito luta política. Muitas críticas e manifestos foram feitos desde o início daquele viciado processo eleitoral em 2015. Segundo, que ele não é uma vitória apenas do candidato de oposição, de seu grupo ou de quem o apoia. Mesmo quem não votou nele (como o caso do autor deste blog) deve considerar essa uma vitória sua, e de fato uma vitória da comunidade acadêmica do IFPR. Uma vitória da luta por democracia e contra a corrupção e o controle total pelos grupos da alta burocracia na instituição.

Repito: quem avisa amigo é. Que os nossos colegas do grupo petista institucional aprendam a tirar a cera dos ouvidos (e talvez a venda dos olhos e o orgulho dos corações e mentes). Que assim possam mudar e então contribuir com o campo nacional e popular (o qual abandonaram há tempos) a combater os ataques do atual governo contra os direitos do povo e contra nossa nação. Sempre é tempo.

Releia a matéria relativa a decisão em primeira instância: Eleições para Reitor do IFPR 2015 – Sentença afirma que eleição foi fraudada


[1] É preciso aqui ter MUITO CUIDADO para separar o joio do trigo. Quando falo deste grupo e do Partido dos Trabalhadores (PT) me refiro especialmente a seus dirigentes e a burocracia partidária (os encostados em cargos há anos). Há muita diferença entre estes e grande parte da militância, e mesmo de quadros partidários da organização, ou de apoiadores e simpatizantes. Há muita gente boa, produtiva e que trabalha pelo bem de nosso país e de nosso povo ali. Se bem que sejam cada vez mais minoritários, e as vezes se deixem enganar ou deslumbrar pelos que estão acima. Mas como dizia o filósofo: "uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa". Uma coisa é esse grupo partidário que aqui no Paraná até ontem era ligado e formado por "funcionários" do André Vargas, outra coisa são os vários militantes de base do PT. 
[2] É preciso relembrar que o grupo Colombiano-Westphalino é(ra) ligado ao que de pior já existiu no PT do Paraná: o senhor André Vargas, o mais alto quadrilheiro que este partido já produziu. Mesmo os militantes petistas que defendem (em certa medida com justeza) a inocência de Lula, já abandonaram Vargas há muito tempo (não há ninguém que defensa o VARGAS LIVRE!), pois sabem que ali há alguém que sempre usou a política para proveito próprio, para acumular cargos, poder e encher o bolso. Lembremos também que, até a deflagração da Operação Sinapse, e depois até a prisão de André Vargas, este era o grande "padrinho" do IFPR, comparecendo em quase todas inaugurações, obras, festas, e no que fosse possível. O IFPR era como um trampolim e palco político em que pretendia acumular capital político e votos.

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